Romerito não sai da frente da casa de seu falecido dono a aproximadamente 1 mês, vizinhos adotaram o animal e dividem os gastos, conheça a bela história, que lembra o filme “Sempre ao seu Lado”, mas que se passa no Méier, Zona Norte do Rio.
Há cerca de um mês o dono do cachorro Romerito, Guilherme, veio a falecer devido a insuficiência renal, o seu melhor amigo continua no local aguardando em vão o retorno de seu amado dono, o caso começou a ficar famoso no bairro e chamou a atenção da vizinhança, que comovida com a situação resolveu adotar o animal, eles revezam nos cuidados e dividem os gastos com comida e remédio, Nilza, uma das cuidadoras diz que aguarda a doação de uma casinha, já que Romerito fica em um corredor sem cobertura e a temporada de chuvas esta próxima.
No inicio do mês de março Romerito começou a latir e uivar sem parar dentro de casa, no inicio da noite o barulho incomodava e os vizinhos também estranhando a ausência de Guilherme que não costumava deixar o amigo sozinho, foram ver o que estava acontecendo, após tocarem a campainha sem ninguém atender, resolveram arrombar a porta para conferir se havia algo de errado.
O pior aconteceu, Guilherme estava caído no chão, Romerito não saia de seu lado. Tentei me aproximar e ele avançou em mim, com o se quisesse proteger o dono, relatou Beto Jesus, vizinho de Guilherme e agora um dos cuidadores de Romerito.
Guilherme foi levado ao hospital e jamais retornou, Guilherme era solteiro e sem filhos, tinha apenas duas sobrinhas, que procuradas alegaram não ter espaço em seu pequeno apartamento, então deram o cão para um amigo vizinho do bairro, mas Romerito persistente fugiu duas vezes, sempre retornando a casa de seu antigo dono, na esperança em vão de encontrar seu velho amigo.
Assim Romerito continua em sua espera solitária, ele é um cachorro manso e não oferece ameaça à vizinhança, foi acostumado a viver sem coleira pelas ruas do bairro, sai apenas de vez em quando de sua vigília, costuma ir no antigo bar em que seu dono trabalhava, não o encontra e retorna ao seu antigo lar, fica latindo no portão como se esperasse Guilherme vir e abrir para ele, enquanto isso ele continua emocionando as pessoas de seu bairro, que não sabem ao certo quanto tempo irá demorar sua triste e solitária espera, mas uma coisa é certa, o amor do cão para o seu dono, esse jamais acaba.
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